terça-feira, 7 de agosto de 2007

Árvore pra que te queremos..

Faça um filho, escreva um livro e plante uma árvore. Quem pensou nesse objetivo de vida, seguiu por ele e espalhou pelo mundo foi uma pessoa feliz, e deixou outras felizes também. Quem pretende trilhar esse caminho de esperança, sim, esperança(!) estará fazendo um bem enorme, principalmente considerando as alternativas de legados que deixaremos para o mundo.

Escrever um livro nem todo mundo consegue, mas a literatura tem de ser perpetuada e sempre consagrada mesmo com a desconsertante oferta de "auto-ajudas" e na era digital em que vivemos e morreremos - e outras tantas gerações também. Fazer filhos, melhor, ter filhos e vê-los crescer no mundo como está hoje, dá mais medo que mandar o rebento para uma guerra declarada entre países. Existem muitos outras guerras, deflagradas e não, entre países ou bairros, entre classes ou vizinhos, entre o homem e a natureza. Um certo conforto a isso seria alimentar nossa esperança, vindo em forma de uma nova vida, que cultivaríamos com educação, amor, bons valores e muita dedicação, muita mesmo!

Filho feito, nascido, agora planta uma árvore !! Isso mesmo, para
cada bebê, uma mudinha de árvore, melhor ainda se for frutífera, seu filho colherá os frutos.
Esse é o encargo de uma nova lei da cidade de Martinópolis, interior de São Paulo. Quando um pequeno cidadão nasce, o pai semeia uma árvore no município. De acordo com o mentor da lei, o vereador André Luiz Crepaldi, não haverá punição pra quem descumpri-la, ainda!! É, por que não?! A pena deveria ser plantar mais uma meia dúzia de árvores.

O que deveria ser um serviço voluntário de qualquer cidadão do mundo! Afinal, temos essa responsabilidade nas mãos, uma vez que muitos quiseram por a Terra nas mãos, mas a natureza fugiu-lhes pelos dedos, revoltando-se. Infeliz ou felizmente mesmo, essa tarefa está a cargo de algumas empresas que se "dão ao trabalho de plantar árvores e fazer um mundo melhor pra você" como veicula uma propaganda da indústria de produtos de limpeza Ypê. Ora, fabricante de produtos biodegradáveis!! Era só o que faltava, algumas lições de ambientalismo sem noção de diversos empresários megalomanícos. Sem generalizar, porque há algumas empresas, na crista da educação pelo meio ambiente, que realmente fazem algo de concreto sem serem contraditórias nem dissonantes - na questão ambiental - , como patrocinadores de peso que financiam Ongs e outros meios de realização da preservação da natureza. Um expemplo disso é o site ClickÁrvore, em que com o cadastro e um clique, o Bradesco cobre a "despesa" do plantio de uma árvore na Mata Atlântica. Já é alguma coisa!!

Quando eu achar um canto que venda muda de árvore, já sei um local para plantar, além de seguir o exemplo dos martinopolenses, mas planterei duas pra cada esperança que nascer! Quanto ao livro, isso é consequência da vida, só o tempo inspirará.

Um comentário:

Luís Olímpio Ferraz Melo disse...

Monique, muito bom e oportuno o seu texto. Como disse alhures, você escreve muito bem e tem estilo e será grande jornalista. Parabéns!!!