quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Receita do Dia? Outro nordeste é necessário!






Na semana passada, de 2 a 5 de agosto, realizou-se o II Fórum Social Nordestino, em salvador - BA. Um espaço plural de discussões, voltado para o debate de idéias, formulação de proposições, livre troca de experiências e articulação para ações coletivas de organizações e movimentos da sociedade civil que se opõe a toda a forma de opressão.

As atividades as atividades auto-gestionadas, oficinas, seminários, fóruns de lutas e assembléias, assim como, os empreendimentos de economia solidária e os grupos artísticos e culturais do II FSNE se organizaram em torno de 6 (seis) eixos estruturadores.

1 - Pelo acesso universal e sustentável aos bens comuns da natureza e da humanidade;
2 - Pelo acesso universal e garantia de bens e serviços públicos de qualidade que efetivem os direitos sociais, econômicos, culturais e ambientais;
3 - Por outra economia e desenvolvimento: democrático, solidário, socialmente justo e ambientalmente sustentável;
4 - Pela construção de estruturas políticas democráticas com participação da população nas decisões, controle social sobre os governos e democratização da comunicação;
5 - Contra a violência, por uma cultura de Paz e Solidariedade, em defesa da Auto-determinação e Soberania dos Povos;
6 - Pela Igualdade, Respeito à Diversidade, Eliminação de Todas as Formas de Discriminação e pela Garantia dos Direitos Humanos.

_____________________________________________________________________

Dentro do eixo 3 podemos avaliar que o nordeste brasileiro tem sido alvo de grandes investimentos e políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da atividade turística. O PRODETUR, em sua primeira etapa, investiu 670 milhões de reais em infra-estrutura para criar condições de desenvolvimento do turismo. Na próxima fase, serão mais 400 milhões.

O modelo de turismo convencional tem gerado sérios impactos negativos para as populações tradicionais, refletindo-se na segregação espacial, na degradação ambiental, nos conflitos fundiários, na concentração de renda e na descaracterização cultural.

O Ceará esteve presente no II FSN nas mais diversas discussões. Propondo e debatendo. Uma delas puxada de Instituto Terramar e o Fórum em Defesa da Zona Costeira do Ceará (FDZCC) sobre os impactos da atividade Turística no Nordeste.

O Seminário – “Desenvolvimento do Turismo do Nordeste: Para quê? Para quem?" – levou um esclarecimento sobre as políticas públicas de turismo e os incentivos para que grandes grupos estrangeiros se instalem no nordeste e provoquem inúmeros problemas sociais para as comunidades tradicionais.

Outra atividade desenvolvida foi a Oficina de Turismo Comunitário, facilitada por Rosinha Martins, Camila Garcia, representantes do Instituto Terramar. Nela houve a apresentação do modelo de gestão do turismo comunitário defendido pelo Terramar, FDZCC e comunidades cearenses, e a apresentação da Rede de Turismo Comunitário do Ceará. Uma proposta concreta de resistência e valorização da cultura das populações tradicionais.

A participação do grupo no II FNS possibilitou dar visibilidade à proposta de turismo trabalhada no Ceará; divulgar o II Seminário Internacional de Turismo Comunitário, que ocorrerá em Fortaleza, em maio de 2008; promoveu troca de experiências entre os movimentos sociais; e marcou mais uma etapa na construção de uma ampla rede de organizações e comunidades, por um turismo responsável e comunitário.

www.forumsocialnordestino.org.br


Um comentário:

Wilton Matos disse...

Olá cozinheira?! Como é que eu posso ajudar e divulgar o turismo comunitário aqui no Ceará? Vamos arrumar umas cobaias para ver o desempenho do trabalho de vocês na comunidade que eu tenho certeza que é fantástico.