Bom, quesito beleza é que não falta a beria-mar, inclusive nossas barraquinhas de praia são das mais bem estruturadas do litoral brasileiro, porém, são construções que burlam leis e consciência ambientais. Há agora, numa tentativa de reversão desse quadro de desleixo do poder público e da apropriação privada, através de inciativa do Ministério do Meio Ambiente o Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima, que será coordenado pela Prefeitura e apoiado pela SEMAM*, com o intuito de intergrar sociedade civil e órgãos governamentais num planejamento de uso e ocupação da orla de Fortaleza de forma sustentável e participativa.
Resta esperar a agenda de reuniões entre poder público e população. Fora o Plano Diretor Participativo de Fortaleza, que conta com diversas instâncias do governo municipal que deveriam estar atuando na Regulação do Uso e Ocupação do Solo; Uso e Conservação da Biodiversidade; Controle da Qualidade Ambiental; Áreas Verdes; Gestão dos Recursos Hídricos; Educação Ambiental e do Sistema Municipal de Meio Ambiente. Objetivos que fortaleceriam a administração e organização das estruturas naturais e infra-estruturas da cidade, se saísses dos incansáveis debates políticos.
Enquanto isso a especulação imobiliária assola o território praiano com pomposos, altos e luxuosos edifícios das av. Beira Mar, Abolição e adjacências, que passam por cima da legislação urbanística e ambiental, escapam da fiscalização municipal e ainda são causa e prova concretas da segregação social. A intensificação da violência nesses bairros tem sido acompanhada pela

Favelas em áreas de risco e misturadas a nobres ruas da cidade, nobres edifícios tomando a ventilação e harmonia da capital, alto acúmulo de capital que comprou importantes espaços verdes, como o "Cocó do Iguatemi" que ganhará uma sede com as mais ricas empresas e representantes comerciais, Cocó que mesmo sendo motivo de passeatas ambientalistas; vista privilegiada para apartamentos que se acumulam ao seu redor; e assunto de suposto referendo está sumindo enquanto competições capitalistas, crescimento urbano desordenado e fracas manifestações são travadas em torno de si.
Haja roupa suja, haja motivação e mãos pra lavá-las... como vamos digerir esse prato?
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*Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano
Fontes: Relatórios de debates > http://www.fortaleza.ce.gov.br/emfoco/EM_FOCO_402.htm
Sítio da Semam > http://www.semam.fortaleza.ce.gov.br/p_orla.htm
Jornal O POVO
Um comentário:
Falar sobre a arquitetura de Fortaleza é poder falar de umas das estruturas mais caóticas do Brasil.
Os últimos governos tiveram a preocupação de dá valor para várias empreiteiras e imobiliárias que com uma lambaça e desorganização em questão de planejamento dentro da capital cearense.
Ainda bem que Fortaleza dispõe de um relevo sem acidentes, porque já pensou em uma Fortaleza a semelhança de outras capitais?
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