Será que a noite se pendura num cabide?
num canto triste?
no silêncio da casa morena
o amor acena
e esconde a mão
outra vez, então
o amor me canta à capela
e a noite é tão bela
que acalma o coração
e tudo é mistura de silêncio e canção
os olhos de mar nos olhos da noite
é corte de foice na plantação
é o arrastado da tarde
é naufrágio e arrebentação
é um adeus sem alarde
um encontro sem sim nem não
e o beijo calado
amanhece guardado
molhado
café com pão
Alan Mendonça
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
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