pela rua tão antiga
vejo passar um avião
uma menina tão tranqüila
impaciente espera no saguão
enquanto caminho
eu devagarinho
indo pra outra estação
penso tão sozinho
se vou casar quando passar o verão
eu de passarinho
ela de arribação
eu cheirando a vinho
ela a manjericão
eu num miudinho
ela num fox-trote baião
eu num desalinho
ela num avião
Penso tão sozinho
se vou casar quando passar o verão
e meu pai já bem velhinho
diz: “menino,
cê toma tento ou não?
vê se faz uns menino
pra ajudar na plantação”
eu de passarinho
ela num avião
eu num miudinho
ela de arribação
eu cheirando a vinho
ela num fox-trote baião
eu desalinho
ela manjericão
eu de terra devagarinho
ela espera no saguão
eu digo um versinho
ela me beija canção
Alan Mendonça
sábado, 21 de julho de 2007
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4 comentários:
Salve, Alan!
Nossa!
O aroma do manjericão, como outros temperos, inspira desejo e paixão.
Sempre eu desalinho esperando o momento da arribação!
camila garcia
Muito suave e erótico esse seu poema ... gostei! Te ofereço um brinde!!
Eu sabia que ia ser complicado postar no dia depois do poeta. Ele já encantou com seu prato duas de nossas cozinheiras.
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