Nas terras do amor
se ata um nó
se ata o doce
o azedo, o podre
e segue-se seca
nas terras do amor
quando se corta o olho
quando o fruto é pouco
e a queimada é maior
é um andar com fome
quando toda semente some
pro revés do chão
quando a vida se evapora
e o céu apenas chora
por perdão
bonita árvore frondosa
planta que virou cama
e virou porta
e que nesse momento
virou o instrumento
que toca
esta moda
tão calada
que como tudo nessa hora
se evapora
feito o doce da ata
à procura do conde
que mora aonde
nada dura
e tudo se demora
Alan Mendonça
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Um comentário:
Reverências de poeta, meu caro Alan Mendonça!
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