sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Refeição com gostinho de vitória


Esse é o slogan da campanha contra a venda da Companhia Vale do Rio Doce, para que o plebiscito popular [de 1 à 7 de Setembro] se torne publicamente conhecido pela nação, que sofreu as consequências da privatização no governo FHC, em 1997. Na época, vendida à preço de banana - um desconto de aproximandamente R$88 bilhões - foi avaliada por uma empresa norte-americana que superfaturou a compra e subestimou o valor de um incalculável patrimônio brasileiro.

Foi aberta uma ação judicial pelo Tribunal Regional Federal, Brasília, que anula o leilão de 97, baseada na avaliação fraudulenta da empresa . O motivo dessa decisão é reparar o enorme prejuízo causado pela venda da Vale e os danos da exploração extrativista e trabalhista da empresa. Com diversas denúncias de trabalhadores mal-remunerados, de ONGs ambientais e mobilizadores socias duramente repreendidos ao se manifestarem contra a companhia, contou ainda com a confissão do diretor financeiro da Vale, alegando que na época do leilão, o patrimônio inteiro valia em torno de R$ 92 bilhões, no entanto um banco de investimentos norte-americano avaliou a companhia em mais R$ 3 bi, sendo vendido a esse mísero preço, em parte, para uma empresa estadosunidense pertencente ao banco avalista. Ou seja, picaretagem financeira para caixa-dois das empresas privadas e do governo. Além de uma grande porcentagem das ações da Vale estar nas mãos de dois grupos ( Valepar e Litel) formados a partir dos fundos de pensão da Previ, entidade privada pertecente ao Banco do Brasil.

Uma vitória do povo, resultado de assembléias populares, reuniões em comitês políticos e sindicais, manifestações e finalmente, o alcance à justiça burocrática brasileira, que viu a ilegalidade das negociações, exepcionalmente da Vale, em torno da privatização em massa no governo de Fernando Henrique Cardoso, cuja sujeira está debaixo dos tapetes até hoje, com CPIs abafadas pelos partidos conservadores. A anulação do leilão, uma possível [re]estatização da Vale do Rio Doce através do plebiscito popular e a luta contra a contra- campanha publicitária da companhia, que ilude o telespectador pelo seu projeto sócio-ambiental megalomaníaco beneficiadora de uma mínima parcela de seus funcionários, deixando a grande maioria sem remuneração justa e degradando recursos naturais de reservas pelo extrativismo desmedido. Além do capital financeiro de lucros e investimentos serem todos privados, e estrangeiros.

Com uma campanha em prol do plebiscito ser tão restrita e mal circulada na grande mídia, não se têm informações sufucientes para todo o povo saber do que se trata e votar soberanamente, mas até onde chega a comunicação, a sã consciência dos brasileiros que participarão do plebiscito ressucitará com questões a respeito das causas e conseqüências da privatização da CVDR. As perguntas e maiores informações sobre o plebiscito estão no site oficial : http://avaleenossa.org.br/pergunta_ple.asp

Um comentário:

Marcelo Andrade disse...

Assim como o PETRÓLEO É NOSSO, a VALE também É NOSSA!